O novo candidato a queda no governo Dilma é o ministro do desenvolvimento, Fernando Pimentel. O motivo: ele recebeu de maneira indevida uma bela soma, e agora, diz que o dinheiro é fruto de consultorias prestadas no período em que não exerceu a política. Pimentel é também apontado como o coordenador do dossiê contra José Serra, nas eleições de 2010. Mas para isso a tchurma do governo tem uma explicação: o que ele fez seria lobby (lobista era aquela figura que ficava no lobby do Congresso tentando influenciar parlamentares sobre suas ideias), o que é legal. Mas Pimentel recebia seus clientes em seu gabinete. Ora, mas ele não disse que só "prestou consultoria" enquanto estava afastado da política? Pois é. Mais uma vez, o tal do "malfeito" dá as caras.
Sobre essas explicações que não explicam coisa alguma: está se fazendo um alvoroço danado por conta do livro de Amaury Ribeiro Jr., intitulado "A privataria tucana". O livro é, realmente, um sucesso de vendas. Segundo consta, esgotou-se nas livrarias três dias após o lançamento. O texto fala da onda de privatizações realizadas durante o governo de FHC, e já virou livro de cabeceira dos que adoram ter assunto para dizer que Lula salvou o Brasil. Detalhe: na parte final do livro, Amaury denuncia a ação de Pimentel, assessorado por arapongas, para prejudicar o candidato Serra. Isso, a propaganda petista não divulga.
É verdade que erros foram cometidos antes de 2002. Mas também é verdade que não só esses erros continuaram, como outros surgiram após a eleição de Lula. Ora, se o PT era contra a privatização de empresas brasileiras, por que não lutou para reavê-las? E por que não parou de privatizar em seu governo? Os impostos diminuíram? Não, só aumentam a cada dia. A corrupção diminuiu? Pelo contrário. Se antes havia os anões do orçamento, hoje temos o Mensalão, o escândalo da Casa Civil, o escândalo dos Ministérios (difícil lembrar de um que não tenha se metido em falcatruas), e todo dia aparece mais algum podre.
Caso Pimentel seja demitido, será o oitavo ministro a deixar o governo por corrupção. Oito ministros em menos de um ano de governo. E ainda querem que acreditemos que antes era pior.
O PT, durante seu governo, jogou no lixo não apenas a ética, como disse o ex-senador Flávio Arns (que trocou o partido governista pelo PSDB), mas também várias de suas bandeiras, como a oposição às privatizações, à corrupção, às alianças oportunistas (não é mesmo, Collor e Sarney?), e várias outras. Agora que os "malfeitos" do partido e de alliados estão aparecendo, o governo tenta distorcer a verdade, justificar o injustificável e jogar a batata quente nas mãos dos governos anteriores.
Charge: Nani
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