sábado, 15 de outubro de 2011

CUIDADO: Com esta gente não se brinca!


                                            Foto: divulgação

Nesta semana, fomos informados da demissão do humorista Rafinha Bastos pela Band, por conta da piada que fez com a "cantora" Wanessa. O pedido partiu do próprio humorista, que não concorda com a censura imposta pela emissora, após a decisão de afastá-lo por tempo indeterminado. E quer saber? Rafinha está certo. Por mais pesada que sua fala possa parecer, a punição não se deve a isso; a razão que levou a Band a cortá-lo de sua programação é que o marido de Wanessa, Marcus Buaiz, é um "empresário" influente (leia-se filho de empresário influente, o dono da Rede Vitória, Américo Buaiz Filho).

E a Rede Vitória é o quê, mesmo? Ah, sim. É afiliada da Rede Record no Espírito Santo. Como se não bastasse a influência (leia-se conta bancária) dos Buaiz, pesam também as companhias de Marcus, como o ex-jogador Ronaldo e o ex-colega de CQC de Rafinha, Marco Luque. O Fenômeno, que é sócio de Buaiz, disse que tiraria anunciantes do programa. Luque (cujo programa solo, "O Formigueiro", foi um fracasso de audiência), publicou até uma nota de repúdio à atitude de Rafinha, dizendo-se ofendido "enquanto pai". (Obs.: Rafinha Bastos também é pai.)

Percebe, amigo leitor? O problema não foi exatamente a piada, mas o alvo da mesma. Se Rafinha tivesse feito a mesma brincadeira com pessoas sem muita influência, isso ficaria apenas entre o humorista e os personagens da galhofa. Como é gente com amigos poderosos, especialmente seus papais, a coisa muda de figura. Não parece coisa de regime ditatorial africano?


Ainda bem que a produtora do CQC, a argentina Cuatro Cabezas, não concorda com a postura da Band, e ameaça até tirar o programa da emissora. Atitude coerente com o que o Custe o Que Custar representa, seja no Brasil ou na terra de Gardel: o humor escrachado como instrumento de crítica (ou só como humor mesmo).

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